Tuesday, January 24, 2006

Na minha pele

Amor... não partas, não me deixes neste respirar dificil em que me perco.
Não devies o teu olhar do caminho que iluminas e que eu sigo sem hesitar. Procura-me.
Não partas..., não destruas o incondicionalismo do meu amor por ti. A tua incerteza aterroriza-me. Guarda-me em ti e abraça-me no instante ultimo que nos pertence.
Sussurra o meu nome e ama-me interminavelmente, ama-me sem que exista vida ou tempo que nos apague. Fica na minha pele, na minha alma.
Amor... não partas... NUNCA.

Thursday, January 19, 2006

A actualidade do Sermão de St. António aos Peixes


Começo este texto afirmando que o sermão é tão, senão mais, aplicável aos dias de hoje como era há 352 anos atrás.
A forte crítica social que o P. António vieira faz passar no sermão continua a ser de tal modo credivel, que é extraordinário poder constatar que a indole humana não se modifica facilmente.
Em 2006 talvez não seja apropriado falar de pregadores e ouvintes, mas trocarmos esses termos por políticos e cidadãos, provavelmente o caso muda de figura.
É um facto que os políticos não pregam a verdadeira doutrina, e que muitas vezes os cidadãos agem á imagem dos homens do poder, e não de acordo com os seus principios.
Não é menos verdade que os mesmos cidadãos não olham a meios para atingirem os seus fins, e que por diversas vezes passam por cima dos mais fracos, abafando-os no que diz respeito á sociedade.
Pois não é bem mais fácil ir de férias para um destino paradisiaco, como fez o Dr. José socrates enquanto o país era um mar de chamas, do que usar o dinheiro da viagem para comprar equipamento de combate ao fogo?
Note-se, contudo, que somos nós, aqueles que não aceitamos esta situaçao de braços cruzados, que temos de agir, porque passados tantos anos a terra continua corrupta, ou porque os políticos não cumprem, ou porque os cidadãos não querem cumprir.

Wednesday, January 11, 2006

More than words...

Tuesday, January 10, 2006

A melhor Dedicatória

Para os meu dois filhos:

Para ti, Raul José, homem há muito- e homem autêntico-, que aprendeste á tua custa que a verdadeira coragem é a força do coração...

Para ti, Alexandre, ainda criança, mas já com todas as tendências para não te tornares num desses falsos adultos que sujam o mundo e odeiam a imaginação...

Para os meus dois filhos- o homem e a criança- este divertimento escrito por quem sempre sonhou conservar a criança bem viva no homem.

José Gomes Ferreira, in As Aventuras de João Sem Medo

Monday, January 09, 2006

FINE

Não queres saber? Optimo!
Eu sou a vida, sou tudo o que te ultrapassa, sem mim existes simplesmente. Eu sou o principio eo fim de tudo aquilo em que consistes.
Dizes que não queres saber, mas acredita que vais implorar por saber, por fazeres, de novo, parte do badalar sincronizado do meu peito. Acreditas mesmo que existes para além do universo do meu olhar? Não. Eu reinventei-te. Apartir de um sorriso meu renasceste, mas o teu coração ainda depende do meu. Agora que o despedaçaste, quem se sente apunhalado és tu.
A minha vida não acaba em ti, o meu sorriso já não depende dos teus actos, o meu olhar alcança muito para além de ti, eu libertei-me.
E tu? Tu manténs as amarras neste cais que eu sou, amurdaçado às minhas palavras e gestos.
No que me diz respeito, permanecerás para sempre aprisionado áquele verão que imortalizei na minha memória.
Eu?Eu sou livre, sou vida, espuma, mar, sal, sou tudo aquilo que nunca serás por não quereres saber.
"A Procura"
Quando as palavras não saem
Os sentimentos se escondem
E não somos mais do que existir
Resta-nos apenas recordar
E guardar a miragem daquilo que fomos
A mais doce essência de nos
Os destroços de um navio há muito afundado
Mas que nos preserva tal como éramos

O meu pensamento assombra o passado
Resgata tudo o que lhe sobreviveu
O que nos fez naufragar neste mundo cruel
Despido de amor
O amor que um dia foi nosso e que nos foi roubado para sempre

Na escuridão os meus lábios procuram os teus
Mas tu nunca lá estas
Apenas o vazio da minha solidão
Aquilo que restou de um “eu” que já não reconheço
Os farrapos de uma mulher desfeita
O frio de um mundo
Que sem amor deixou de fazer sentido

No que resta de mim procuro coragem
Algo que me faça levantar
Que transforme as lágrimas em algo de bom
Que me ajude a procurar-nos e nos traga aqui de novo
Ao céu que e nosso
Onde sempre permaneceremos
Ate que um de nos volte a sonhar
E nos salve do abismo do esquecimento.

Água&Sal é o espaço onde me encontro, onde dou vida aos pensamentos fugidios que me assombram a alma, onde faço vossos os meus sonhos. Espero que gostem.